terça-feira, setembro 01, 2009

Faz-me tua. Sê meu.

E dói cá dentro. No coração. Sinto uma rosa cravada no peito que faz-lo verter lágrimas de sangue por alguém que um dia lá permaneceu e agora me parece fugir.
A dor é tão grande que não consigo chorar. Os olhos permanecem secos. Desejo-o. O meu fruto proibido.

A boca anseia por teus lábios frios e molhados. O corpo deseja pressão do toque tão amado. De um abraço possuidor da minha carne. Os ouvidos querem o sussurro que me faz estremecer toda. As palavras proibidas. As palavras mais desejadas. As mais importantes. Que me farão desistir de tudo para ser tua. Tua nesta cama que fizemos e agora desejo desmanchar enrolada nesse teu corpo de homem. Possuir-te. Possuíres-me. Despe-me com os olhos, com as tuas palavras.

Vem meu amor. Agarra-me forte. Arranca-me estes farrapos que me afastam da tua pele. Faz-me tua. Faz-me gritar pelo teu nome. Grava-o, crava-o no meu peito para nunca mais de lá sair. Sê o final dono do meu coração. Arranca-o do meu peito e coloca lá o teu.
Faz-me mil e uma promessas que não podes cumprir. Maltrata-me. Faz-me sofrer. Tudo por uns meros instantes. Os suficientes para eu perceber o quanto gosto de ti. O quão importante me és. E no fim. Diz-me para me ir embora e nunca mais voltar. E quando eu te virar costas e deixar finalmente as minhas lágrimas caírem, corre atrás de mim. Agarra-me como nunca. Aperta-me contra ti. Beija-me o pescoço que pede a tua boca. Marca-o. Coloca a tua mão na minha face. Vira-a de modo a fixar os teus olhos. E diz-me. Diz-me todas as palavras no silêncio penetrante do teu olhar. Aquele que me faz perder dentro de ti. E desta vez, faz-me chorar de alegria. Por te ter. Por me pertenceres sem te possuir.


Amo-te Eduardo <3

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