á espera do que? era assim que o rosto pousava para o infinito. apenas um olhar nocturno para o dia dos contornos. o perfil do choro na pausa súbita. era isso. olhar de fim.
havia espigas de barcos por entre a pedra. viu a praia e o homem calava a ferida na gota de maré que se fazia á terra. olhou para o rosto parado na memoria do dia, era um poente terno e pesado que a prendia no vento. porém, a encosta era tardia e ela ficou no limiar albergando expressões de tristeza. até quando?
havia um poente no lábio cru. parava-lhe o olho da pedra e o muro verde. vertia-lhe o mar pardo. era cedo para a fantasia do rosto.
havia sobretudo o deleite vagueado na incerteza do cosmos que se avistava. sépia de oceanos inúteis. o barco foi crista na pele. deserto era o rosto. vago tambem.
entretanto havia a espera feita da vinda ainda distante. gemia-lhe o barulho da pétala na perda da voz humedecida. mas continuou. arrastou a barba para o rosto da mulher. na sua voz cantava uma melodia doida. crescia-lhe a ausencia fantasiada, o tempo nao encntrado, o afecto que fervia.
o mar sorria-lhe na vespera da manha diluída.
...
sentiu-o por entre o sorriso baço do espelho. tocou-lhe o gelo da fome e o véu verteu para que o tornasse seu. setembro tardio.
encontrou o rosto na maré branca. havia nuvens sobre o tecido ácido e uma canção que a vencia na onda.
cresceu no sumo da noite que a acalentava leve e sonhadoramente. o dia vazava para o rosto a perpetualidade do sonho.
nesse dia o horizonte foi vela e o sonho ficou na sombra que tranquilamente a acompanhou nos dedos...
Sem comentários:
Enviar um comentário